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Velejando por um Mundo Melhor
Velejando Por Um Mundo Melhor promove uma metodologia inovadora de inclusão de Vela para deficientes. Luisa Gandolpho, atleta da Nova Geração do Time Brasil, criou o projeto e aplica aulas para crianças surdas,entre 10 e 13 anos, utilizando movimentos com bandeiras, criando novas simbologias em libras para facilitar a comunicação à distância nas aulas práticas e, de forma pioneira no Brasil, introduz expressões náuticas na linguagem de libras.
Luisa iniciou o projeto em 2016, a partir da experiência de três anos como instrutora da escola de vela para jovens e crianças do Clube Naval Piraquê, na Lagoa, Rio de Janeiro.
Dentre seus alunos, com idades entre 8 e 15 anos, havia um menino deficiente auditivo com 10 anos de idade, que buscou o esporte como uma forma de inclusão e lazer. Para Luisa, foi um desafio ensinar ao garoto, já que não havia nenhuma metodologia desenvolvida para a inclusão e aprendizagem de deficientes auditivos. A partir daí, a atleta criou métodos com sinalização, possibilitando a comunicação à distância, para que o aluno pudesse realizar as aulas práticas, dentro da água, com os outros amigos.
A primeira ação do Projeto é uma pesquisa de desenvolvimento humano, já aprovada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), que visa a inclusão de crianças com deficiência auditiva na prática da Vela. Junto a isso, foi iniciado um Projeto Piloto com aulas quinzenais, divididas em dois semestres, apoiado pelo INES e pela PUC-Rio, onde a atleta cursa administração. Luisa atua como instrutora de oito crianças, com idade entre 10 e 13 anos, ensinando e construindo juntos novas formas de se aprender a velejar. O propósito é desenvolver uma nova metodologia de representação de sinais náuticos, que possam ser utilizados em todo o Brasil, possibilitando o ensino e, posteriormente, a inclusão de deficientes auditivos na prática da vela em regatas e competições.
No primeiro semestre são introduzidas aulas teóricas, com palestras, trabalhos de respiração, filmes e atividades para que as crianças possam sentir o vento. Já no segundo semestre, são aplicadas aulas práticas, com o apoio de um clube náutico, onde as crianças tenham acesso às embarcações. As ações realizadas no Projeto Piloto resultarão em materiais pedagógicos e vídeos em línguas de sinais, que irão compor um Guia de Ensino Oficial, específica para o ensino da Vela para deficientes auditivos. Ele será encaminhado para a Confederação Brasileira de Vela e distribuído em clubes náuticos no Brasil.
Além de deficientes auditivos, Luisa deseja trabalhar com a inclusão e a reabilitação de jovens e crianças amputadas através do esporte. Para auxiliar no desenvolvimento do projeto Velejando Para um MundoMelhor e em projetos futuros, ela entrou no Instituto Gênesis da PUC-Rio. Promoveu um encontro com Danielle Furtado, coordenadora da área de Ciência e Tecnologia do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), para iniciar uma nova parceria. O Departamento de Tecnologia da PUC Rio também se engajou na causa, ajudando no desenvolvimento de próteses e órteses, assim como desenvolvimentos de sensores e cadeiras que ajudem a reabilitação e a inclusão das pessoas através da Inovação.